domingo, 7 de novembro de 2010

OS FILHOS DE JACÓ

OS FILHOS DE JACÓ

TEXTO Gn. 29. 31 a 30. 24

Normalmente se ouve dizer que jacó teve doze filhos em sete anos, com exceção de Benjamim que nasceu depois de sua partida de Padã-Arã.
-Seria isto possível?
-Sim, seria perfeitamente possível, uma vez que isso aconteceu com quatro mulheres diferentes.
Mas de acordo com o relato Bíblico, é possível?
Acredito que não!
Já ouvi muitos afirmarem que sim, foi sete anos mesmo e até explicam como isso se deu.
Vamos para a Bíblia!
-A primeira mulher de Jacó a lhe dar filho foi Léia, que concebeu e deu a luz a Rubem, Simeão, Levi e judá, nesse ponto a Bíblia nos informa que Léia cessou de ter filhos. Um problema familiar na casa de Jacó impossibilitou Léia de dar filhos.
-A segunda mulher a lhe dar filhos foi Bila, serva de Raquel, que concebeu e deu a luz a Dã e Naftali. É perfeitamente possível que estes dois filhos de Bila, tenham vindo ao mesmo tempo que veio os quatro de Léia, sendo assim pode se descartar estes na contagem dos doze ficando aí só dez para contagem.
-A terceira que lhe deu filhos foi Zilpa, serva de Léia que concebeu e deu a luz a Gade e Aser.
Estes dois não podem ser descartados da contagem, porque nasceram no período em que Léia estava impedida de ter filhos.
-Nesse ponto, Rubem foi ao campo no tempo da ceifa do trigo e trouxe mandrágoras e deu a sua Mãe, que por sua vez as trocou com Raquel pelo direito de manter relações com o seu próprio marido.
-Aí nós entendemos que Léia parou de gerar filhos não por infertilidade e sim por imposição de Raquel que por qualquer motivo não permitia que esta mantivesse relação com Jacó.
-Depois de retomar o direito de manter relações com Jacó, Léia voltou a dar filhos, concebeu e deu a luz a Issacar, Zebulom e Diná. só aí percebemos que foram sete filhos com uma única mulher.
-Raquel ainda deu a luz a José,que poderia ter sido, ao mesmo tempo que Léia deu a luz a um dos últimos filhos, podemos descartar esse também da contagem.
Até aí tudo possível.
-O problema é que essa mulher passou no mínimo dois anos sem dar a luz a nenhum filho. E como não teve nenhum gêmeos, fica difícil acreditar que isso tenha acontecido em sete anos.
-Outra questão é o fato de que Ruben foi ao campo no tempo da colheita e trouxe mandrágoras, e depois desse fato Léia ainda teve três filhos, para isso acontecer, Rubem teria no máximo quatro anos sem contar o tempo de gestação, pois contando este tempo, ele teria aproximadamente três anos, no máximo.
Já que não é possível o que aconteceu?
-A Bíblia se contradiz?
-contém erros?
É claro que não, para tudo há uma explicação!
O QUE ACONTECEU ENTÃO?
FAÇA SEU COMENTÁRIO E EU LHES RESPONDEREI BASEADO NOS PRÓPRIOS RELATOS BÍBLICOS.
Acesse a págima fale conosco do site abaixo.

NOSSO CREDO

O QUE REMOS

A nossa fé está baseada em cima da crença da inspiração da Bíblia sagrada e fundamentada nas verdades contida na mesma.
Apesar dos discursos nos púlpitos e nas revistas de ensinamentos serem os mesmos, na prática podemos observar uma grande mudança no comportamento da igreja.
Com o surgimento de muitas denominações e com o reforço dos programas de televisão (que visam mais a promoção de algo ou alguém do que o Evangelho propriamente dito) muitos membros têm adquirido hábitos que anteriormente não faziam parte da conduta de nossa fé, tornando assim, algumas reuniões evangélicas, em algo muito parecido com culto ecumênico, certo tipo de sincretismo religioso.
É muito comum ouvirmos pessoas dizendo:
Não estou mais freqüentando a Assembléia, (por exemplo), estou em determinada igreja, mas lá é tudo a mesma coisa, igualsinho a assembléia.
Em alguns casos sim, isso é verdade, pois as pessoas fundam suas igrejas e nem nomes criam, ficam com o mesmo, acrescentando algumas palavras na denominação, e muito menos um credo ou estatuto, tudo é copiado, mas existem aquelas que para não parecer imitando tudo, começam a fazer pequenas mudanças e de pouco em pouco vão se distanciando das verdades originais.
É verdade que grande parte dos freqüentadores de muitas igrejas não sabem nem mesmo no que crêem, passam anos nas igrejas sem conhecer os princípios básicos que fundamentam a sua fé, muitos porque nunca tiveram quem lhes ensinem outros por falta de interesse, tornando-se assim facilmente manipulados por ensinamentos estranhos e levados por ventos de doutrinas.
O credo que reproduzirei a seguir é baseado nos princípios básicos que fundamenta crença da assembléia de Deus, igreja da qual sou membro.

O CREDO DA ASSEMBLÉIA DE DEUS

Nós cremos:
1) Em um só Deus eternamente subsistente em três pessoas: o pai; o filho e o Espírito Santo (Dt. 6.4; Mt. 28. 19; Mc. 12. 29).

2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única regra infalível de fé normativa para vida e o caráter cristão. (2Tm. 3. 14-17).

3) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte vicária e expiatória, em sua ressurreição corporal dentre os mortos e sua ascensão vitoriosa aos céus. (Is. 7.14; Rm. 8.34; At. 1.9)

4) Na pecaminosidade do homem que o destituiu da glória de Deus, e que somente o arrependimento e a fé na obra expiatória e redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá-lo a Deus. (Rm. 3.23; At. 3.19).

5) Na necessidade absoluta do novo nascimento pela fé em Cristo e pelo poder atuante do Espírito Santo e da palavra de Deus, para tornar o homem digno do reino dos Céus. (Jo. 3.3-8).

6) No perdão dos pecados, na salvação presente e perfeita e na eterna justificação da alma recebidos gratuitamente de Deus pela fé no sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso favor. (At. 10.43; Rm. 10.13; 3.24-26; Hb. 7.25; 5.9).

7) No batismo bíblico efetuado por imersão do corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme determinou o Senhor Jesus Cristo. (Mt. 28.19; Rm. 6.1-6; Cl. 2.12).

8) Na necessidade e na possibilidade que temos de viver vida santa mediante a obra expiatória e redentora de Jesus no Calvário, através do poder regenerador, inspirador e santificador do Espírito Santo, que nos capacita a viver como fiéis testemunhas do poder de Cristo. (Hb. 9.14; IPe. 1.15).

9 No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, com a evidência inicial de falar em outras línguas, conforme a sua vontade. (At. 1.5; 2.4; 10.44-46; 19.1-7).

10) Na atualidade dos dons espirituais distribuídos pelo Espírito santo à Igreja para sua edificação, conforme a sua soberana vontade. (ICo. 12.1-12).

11) Na segunda vinda prémilenial de Cristo, em duas fases distintas:
-Primeira- invisível ao mundo, para arrebatar a sua igreja fiel da terra, antes da grande tribulação;
-Segunda- Visível e corporal, com sua igreja glorificada, para reinar sobre o mundo durante mil anos. (ITs. 4. 16-17; ICo. 15.51-54; Ap. 20.4; Zc. 14 Jd. 14)

12) Que todos os cristãos comparecerão ante o Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos seus feitos em favor da causa de Cristo na terra. (IICo. 5.10).

13) No juízo vindouro que recompensará os fiéis e condenará os infiéis. (Ap. 20.11-15).

14) E na vida eterna de gozo e felicidade para os fiéis e tristeza e tormento para os infiéis. (Mt. 25.46).

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ABRAÃO E SARA

ABRAÃO E SARA

Fui procurado para expor minha opinião sobre a vida de Abraão com relação ao seu casamento com Sara, sua esposa.
O irmão que me procurou estava convicto de que os dois estavam separados quando Sara veio a falecer, tudo por causa de uma mensagem que ele ouviu. Uma mensagem intitulada: As sete feridas que Abraão causou em Sara.
Nessa mensagem o palestrante apresenta sete ações de Abraão que causaram marcas negativas em sua esposa Sara, dentre as quais ele afirma que na época em que Sara morreu o casal estava separado.
A pessoa que me procurou estava tão convencida disso que reproduziu algumas referencias bíblicas que o palestrante utilizou para afirmar sua dedução.
Achei estranha aquela afirmação ter vindo de um pastor, pois não o conheço, mas fui informado de que o palestrante era pastor.
Para sua afirmação o pastor usa os textos de:
1º- Gn. 22. 19. Que diz: Então, voltou Abraão aos seus servos, e, juntos, foram para Berseba, onde fixou residência. Isso depois de Abraão ter passado pela prova de oferecer seu filho Isaque ao Senhor, que por sua vez, providenciou um cordeiro substituto em lugar de Isaque.
2º- Gn. 23. 2. Morreu Sara em Quiriate-Arba que é Hobrom, na terra de Canaã; veio Abraão lamentar e chorar por ela.
A convicção do pregador é baseada em dois ou mais textos isolados da Bíblia que ele apenas leu, coisa perigosa para quem quer pregar a palavra de Deus.
A Bíblia é um livro sagrado, por isso, quando nos dispomos a interpretá-la não podemos nos limitar apenas à sua leitura, temos que necessariamente estudá-la.
Muitas vezes incentivamos as pessoas apenas a ler a Bíblia, quando isso acontece temos a obrigação de estudá-la para trazer esclarecimento àqueles que apenas lêem.
Nunca devemos menosprezar nossos ouvintes, que geralmente são pessoas normais com raciocínios lógicos, prontos a aprender. O que eles ouvem de nós, podem servir de base para aquilo que irão ensinar La na frente, daí porque temos a responsabilidade de não falarmos bobagem que pode ser reproduzida mundo afora causando grandes desvios teológicos e doutrinários e que pode fazer grandes estragos.
Temos também que ter cuidado quando formos pregar sobre questões dedutivas, pois nossas deduções não podem de maneira nenhuma confrontar com o conteúdo bíblico teológico.
Para crermos que Abraão estava separado, estamos crendo que a nação de Israel tem sua raiz baseada em uma família desestruturada pela separação e de certa forma isso afeta a igreja que está ligada a Abraão pela fé. (Gálatas capítulo 3.).
Mas o que diz a Bíblia?
Vamos conhecer um pouco da peregrinação de Abraão de Ur até Hebrom, onde Sara morreu.
O chamado de Abrão para ser o pai da nação escolhida, dá início à história de Israel.
No final da listagem genealógica de Sem aparece os nomes dos familiares de Abrão, seu pai e irmãos.
Terá saiu de Ur com destino a Canaã, por qualquer motivo a viagem foi interrompida ficando eles em Harã.
Foi aí que Deus fez o chamado a Abrão. (Gn. 12. 1-9). Abrão obedeceu ao Senhor e partiu.
Chegando em Canaã Abrão se estabeleceu nas regiões montanhosas e limitou-se até a fronteira do deserto do Neguebe.
O primeiro local em que ele levantou sua tenda foi Siquem, onde edificou um altar ao Senhor. (Gn. 12. 6.).
Depois Abrão mudou-se para outro local entre Betel e Aí. Mais uma vez Abrão edificou um altar para invocar o nome do Senhor. (Gn. 12. 7.)
Depois disso Abrão peregrinou mudando de localidade, mas sempre em direção à região do Neguebe. (Gn. 12. 9.).
Com a grande seca que atingiu a região do Neguebe, Abrão foi obrigado a partir com sua família para o Egito em busca de uma melhor qualidade de vida.
No Egito, apesar da deslealdade de Abrão, Deus o abençoou. Ao que tudo indica a seca cessou, então Abrão voltou para o Neguebe, com sua família e novamente habitou entre Betel e Aí, onde já havia habitado antes. (Gn. 13. 1-3.).
Nesse ponto seu rebanho já era grande o suficiente para ocupar o mesmo pasto que o rebanho do seu sobrinho Ló, o que causou a separação dos dois.
Enquanto Ló escolheu as campinas do Jordão, Abrão restou ficar em Canaã, lá Deus mandou Abrão percorrer toda a terra no seu comprimento e largura, pois essa era a terra que Deus havia prometido dar à sua descendência. (Gn. 13. 14-17.).
Depois disso Abrão foi habitar próximo a Hebrom nos carvalhais de Manre. (Gn. 13. 18.).
Ainda nesse lugar, Deus apareceu a o agora Abraão e anuncia a vinda do seu filho Isaque, assim como a destruição de Sodoma e Gomorra.(Gn. 18.).
Depois da destruição de Sodoma e Gomorra, Abraão habitou no Neguebe mais precisamente entre Cades- Barneia e Sur, ou seja, em Gerar. Lá ele habitou com um homem identificado como Abimeleque, rei de Gerar (Gn. 20. 1-2.). Assim como no Egito Abraão fez sara passar-se por sua irmã.
Nessa mesma região Abraão fez uma aliança com Abimeleque e colocou o nome daquele lugar de Berseba,(Gn. 21. 22-31.), ali ele construiu uma chácara, que ao que tudo indica serviu de habitação para Abraão. (Gn. 21. 33-34.). Talvez não permanente.
O capítulo vinte e um de Gêneses encerra dizendo que Abraão foi morador por muito tempo da terra dos filisteus. (Gn. 21. 34.).
Depois disso, Deus prova Abraão pedindo que o mesmo sacrifique o seu filho da promessa, Isaque. Diante da obediência de Abraão Deus providenciou um cordeiro substituto para o sacrifício.
Nesse ponto aparece o texto que causou a primeira confusão na cabeça do pastor pregador.
Realmente a Bíblia diz que Abraão voltou junto com seus servos e fixou residência em Berseba.
Mas Abraão não já morava em Berseba? Não foi de lá que ele partiu para o sacrifício de seu filho?
A experiência que Abraão acabara de ter com o Senhor foi tão grande que, ele resolveu fixar residência no local onde ele escolheu para suas adorações, ou seja, Berseba.
A Bíblia não diz que Abraão levou Sara e também não diz que não levou. Mas concluimos que Abraão tenha partido de Berseba, para o monte moriá, onde foi oferecer sacrifício e para Berseba ele voltou, onde sara estava lhe esperando.
Mesmo assim, vamos imaginar que Sara tenha ficado em outro local que não seja Berseba.
Teria mesmo Abraão abandonado sua família e partido apenas com seus servos, sem mesmo ter dado uma explicação para sua família?
A Bíblia diz que ele voltou para seus servos e juntos foram para Berseba. Não relata realmente que Sara tenha ido junto, assim como não mostra o destino de Isaque. Para onde teria ido Isaque? Voltou para sua mãe ou seguiu com seu pai?
Meus amados irmãos, Abraão apesar dos erros que cometeu como ser humano que era, não acredito que ele fosse tão irresponsável a esse ponto, é por isso que tenho-o como o pai da fé e um exemplo de patriarca.
Nesse ponto Abraão que já se preocupava com o futuro familiar de seu filho Isaque, procurou obter informações a respeito de seus familiares que estavam na mesopotâmia.
O fato de Abraão querer para o seu filho uma esposa dentre seus parentes, não era simplesmente por ser parente e sim por que nas informações obtidas acredito que ele tenha se agradado das qualidades preservadas pelas moças daquela família. Se não fosse assim, Abraão poderia casar seu filho Isaque com uma das filhas de Ló, por exemplo, que estavam solteiras, mas acredito que não preenchiam as qualidades que Abraão precisava para ser a esposa de seu filho.
Então irmãos, Abraão era responsável no quesito familiar também.
Vamos para a morte de Sara.
Quando Sara morreu aos cento e vinte e sete anos, estava em Quiriate-Arba que é Hebrom, na terra de Canaã.
Então a Bíblia diz que veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela.
O pregador acredita que esse veio Abraão lamentar Sara e chorar por ela, significa que Abraão veio de algum lugar para chorar por Sara.
Sabemos que nem sempre a palavra veio significa deslocamento. No caso em questão o verbo é um exemplo disso, não tem sentido de deslocamento.
Abraão não veio de algum lugar para chorar, ele veio chorar em conseqüência de um ato, que no caso era a morte de sua esposa.
Ex: Eu poderia dizer:
O piso estava irregular e alguém veio a cair.
Esse alguém não veio de algum lugar para cair ali, ele caiu em conseqüência do piso apresentar irregularidades.
Alem do que a Bíblia diz que Abraão levantou-se da presença de sua morta. Quem era sua morta? É claro que era sua falecida esposa.
Abraão ainda tinha toda responsabilidade sobre Sara e se preocupou em providenciar um sepulcro descente para a mulher a quem ele amou em toda sua vida.
A terra em que ele habitava pertencia aos heteus, adquiriu uma sepultura na caverna de macpela, por quatrocentos ciclos de prata na moeda corrente da época.(Gn. 23). Isso mostra que Abraão era nômade, ou seja, ele mudava sempre de lugar e no momento da morte de sua esposa amada ele morava em Hebrom, por algum motivo ele já havia se mudado de Berseba.
Portanto meus irmãos, tenham cuidados com alguns pregadores que estão fantasiando textos bíblicos no intuito de deixar suas mensagens mais bonitas e empolgantes. O sensacionalismo pode estar tomando lugar da verdade.